sábado, 19 de março de 2011

E era-lhes submisso (1)

Esta passagem nos mostra um acontecimento com José, sua esposa Maria e seu filho Jesus:

"Ora, anualmente iam seus pais a Jerusalém, para a Festa da Páscoa.
Quando ele atingiu os doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa.
Terminados os dias da festa, ao regressarem, permaneceu o menino Jesus em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem.
Pensando, porém, estar ele entre os companheiros de viagem, foram caminho de um dia e, então, passaram a procurá-lo entre os parentes e os conhecidos; e, não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém à sua procura.
Três dias depois, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.
E todos os que o ouviam muito se admiravam da sua inteligência e das suas respostas.
Logo que seus pais o viram, ficaram maravilhados; e sua mãe lhe disse: Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura.
Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?
Não compreenderam, porém, as palavras que lhes dissera.
E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso. Sua mãe, porém, guardava todas estas coisas no coração.
E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens." (Lucas 2: 41-52)

O menino Jesus permaneceu em Jerusalém sem avisar seus pais. Estes ficaram preocupados. Uma reação mais que natural. Procuram seu filho e o encontraram no templo "no meio dos doutores". Sua mãe o repreende, o que é uma ação normal. Mas, surpreendentemente, o filho, um menino de doze anos, repreende sua mãe: "Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai?"

Qual seria a reação normal dos pais a uma resposta de um filho depois deles sofrerem uma enorme ansiedade? Outra repreensão, proibindo-o de repetir esta atitude, seguida, provavelmente, de um castigo.

Mas não. Diz o texto sagrado que José e Maria "Não compreenderam, porém, as palavras que lhes dissera." E nada fizeram. Seus pais tinham uma história de guardar "estas coisas no coração" (cfe. Mateus 1:18-24 e Lucas 2:19)

Um menino de doze anos, no início da adolescência, reagiria a esta demonstração de impotência com soberba, se tornando ainda mais desobediente e rebelde. Mas Jesus, que crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens, desceu com seus pais para cidade onde moravam, Nazaré "e era-lhes submisso".