sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!

Folheando a Bíblia deseja a todos
Feliz Ano Novo!
E que o Senhor Deus e Pai,
em Nome do Senhor Jesus Cristo,
nos abençoe e nos dê o desejo de ler a Sua Palavra,
folheando a Bíblia,
todos os dias de nossas vidas.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A carne e o sangue do Filho do Homem

Conforme vimos ontem, os judeus, isto é, os fariseus (cfe. João 8.13), saduceus e aqueles que seguiam suas doutrinas (cfe. Mateus 16.5-12), reagiram ao discurso do Senhor:

“Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu. E diziam: Não é este Jesus, o filho de José? Acaso, não lhe conhecemos o pai e a mãe? Como, pois, agora diz: Desci do céu?” (João 6.41, 42).

O Senhor os repreendeu:

“Respondeu-lhes Jesus: Não murmureis entre vós.” (João 6.43).

E prosseguiu:

“Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim. Não que alguém tenha visto o Pai, salvo aquele que vem de Deus; este o tem visto. Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna.” (João 6.44-47).

Agora, o Senhor retoma o que afirmara anteriormente:

“Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.” (João 6.49-51).

E o discurso do Senhor confunde completamente os opositores:

“Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a comer a sua própria carne?
“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá. Este é o pão que desceu do céu, em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram e, contudo, morreram; quem comer este pão viverá eternamente.” (João 6.53-58).

O evangelista conclui:

“Estas coisas disse Jesus, quando ensinava na sinagoga de Cafarnaum.” (João 6.59).

O Senhor Jesus ensinava na sinagoga de Cafarnaum. Recordemos o versículo 45 deste capítulo 6:

“Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus.” (João 6.45).

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Que é que desde o princípio vos tenho dito? (1)

No capítulo 8, do Evangelho segundo João, lê-se que os fariseus perguntam ao Senhor:

“Quem és tu?” (João 8.25b).

E o Senhor:

“Respondeu-lhes Jesus: Que é que desde o princípio vos tenho dito?”
(João 8.25c).

Uma vez que o Senhor disse que “desde o principio nos tem dito”, vamos, aos poucos, folhear a Bíblia para saber o que o Senhor disse de si mesmo. O principio é o livro de Gênesis. Mas, como estamos em João, vamos começar por aqui.
No capítulo 6, encontramos:

“Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede. Porém eu já vos disse que, embora me tenhais visto, não credes. Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu.”
(João 6.35-41).

Apenas uma observação: não devemos esquecer que o apóstolo João era judeu. Portanto, é bom esclarecer que os “judeus” citados no texto escrito por ele são os fariseus (cfe. João 8.13), os saduceus e aqueles que seguiam suas doutrinas, conforme está escrito no Evangelho segundo Mateus:

“Ora, tendo os discípulos passado para o outro lado, esqueceram-se de levar pão.
E Jesus lhes disse: Vede e acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus.
Eles, porém, discorriam entre si, dizendo: É porque não trouxemos pão.
Percebendo-o Jesus, disse: Por que discorreis entre vós, homens de pequena fé, sobre o não terdes pão? Não compreendeis ainda, nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens e de quantos cestos tomastes? Nem dos sete pães para os quatro mil e de quantos cestos tomastes? Como não compreendeis que não vos falei a respeito de pães? E sim: acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus.
Então, entenderam que não lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus.” (Mateus 16.5-12).

Enquanto que o Senhor Jesus disse “Eu sou o pão da vida” e “Eu sou o pão que desceu do céu”, vimos que os fariseus murmuravam. Mas, se formos até o final do Evangelho segundo João, ou seja, o capítulo 21, nós leremos o seguinte:

“Nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? Porque sabiam que era o Senhor.” (João 21.12b).

Jesus é o Pão da Vida.
Jesus é o Pão que desceu do Céu.
Jesus é Senhor!

Maranata!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

As obras de Deus

No Evangelho segundo João encontramos esta passagem:

“Quando, pois, viu a multidão que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, tomaram os barcos e partiram para Cafarnaum à sua procura. E, tendo-o encontrado no outro lado do mar, lhe perguntaram: Mestre, quando chegaste aqui?
Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes.” (João 6.24-26).

É o acontecimento descrito no mesmo capítulo 6, versículos de 1 ao 14:

“Depois destas coisas, atravessou Jesus o mar da Galiléia, que é o de Tiberíades. Seguia-o numerosa multidão, porque tinham visto os sinais que ele fazia na cura dos enfermos. Então, subiu Jesus ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos. Ora, a Páscoa, festa dos judeus, estava próxima.
Então, Jesus, erguendo os olhos e vendo que grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pães para lhes dar a comer? Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que estava para fazer.
Respondeu-lhe Filipe: Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço.
Um de seus discípulos, chamado André, irmão de Simão Pedro, informou a Jesus: Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas isto que é para tanta gente?
Disse Jesus: Fazei o povo assentar-se; pois havia naquele lugar muita relva.
Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil. Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam. E, quando já estavam fartos, disse Jesus aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca.
Assim, pois, o fizeram e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobraram aos que haviam comido. Vendo, pois, os homens o sinal que Jesus fizera, disseram: Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo.” (João 6.1-14).

E o Senhor conclui, ordenando:

“Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.” (João 6.27).

Os discípulos, então, formulam a questão que está tão “em voga” nos dias de hoje:

“Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus? Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado.” (João 6.28, 29).

A resposta do Senhor é direta e objetiva: crer Nele.

Nada foi dito a respeito de contribuir financeiramente para que as obras de Deus sejam realizadas.

Maranata!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Procuremos profetizar

É muito comum encontrar em diversos textos, autores escrevendo o seguinte:

Na Bíblia, livro tal, capítulo tal, versículo tal, recomenda-se fazer tal e qual coisa etc. e tal. Este blog, no entanto, parte do princípio que a Bíblia contém a Palavra do Deus vivo e, por isso, o texto sagrado quando aborda assuntos onde se lê “não faça” ou “faça”, “segui” e assim por diante, significa que não está recomendando coisa alguma; antes, está ordenando.

E, como diz o ditado popular: “Manda quem pode; obedece quem tem juízo”.

Dito isto, vamos ao nosso assunto.
O apóstolo Paulo, em sua Primeira Epístola aos Coríntios, ordena:

“Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis. Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando. O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja. Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis; pois quem profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar, para que a igreja receba edificação.” (1 Coríntios 14.1-5)

Não é necessário consultar o Novo Dicionário Aurélio, onde profetizar significa vaticinar, predizer, anunciar por conjeturas, anunciar antecipadamente, prever, para que haja um bom entendimento do texto sagrado. O próprio apóstolo nos dá o sentido de profetizar. Vejamos o versículo 3:

“Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando.”

Edificar, exortar e consolar os homens, é o sentido que o apóstolo Paulo dá ao verbo profetizar. Nada é dito a respeito de vaticinar, predizer, anunciar por conjeturas, anunciar antecipadamente, prever. Apenas edificar, exortar e consolar os homens.
Edificar, ou seja, promover o crescimento de outros na Palavra de Deus; exortar, isto é, admoestar, encorajar, fortalecer, instruir outros segundo a Palavra de Deus; consolar, ou seja, dirigir-se a alguém por meio de admoestação e incentivo para acalmar, confortar.
Amigos, devemos procurar profetizar.

Desde modo, estaremos atendendo à recomendação do apóstolo Paulo? Certamente que não, estaremos obedecendo à Palavra do Senhor Deus.

Maranata!

sábado, 25 de dezembro de 2010

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Deitado numa manjedoura

No Evangelho segundo Lucas, lê-se:

“Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se. Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria. Todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. José também subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.” (Lucas 2.1-7).

Manjedoura é um “tabuleiro de madeira ou de pedra em que se põe comida para os animais nas estrebarias” (cfe. Dicionário da Bíblia de Almeida; Novo Dicionário Aurélio).

No livro de Isaías, profeta que viveu no século VIII a.C., encontramos a seguinte referência a uma manjedoura:

“Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra, porque o SENHOR é quem fala: Criei filhos e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim. O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.” (Isaías 1.2, 3).

O Senhor Deus diz que povo não entende. Mas, o boi, o jumento, etc., entendem muito bem. Nenhum presépio, desses que se espalham por este mundo afora, estará completo se não tiver os animaizinhos ao redor. Tem de ter o menino, a mãe, o pai, os magos e, como disse uma conhecida em sua simplicidade:
– Tem de ter os bichinhos!

“... e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.” (Lucas 2.7).

Os bichinhos entendem. Eles conhecem o Dono da sua manjedoura!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Confissões

Jesus é o Filho de Deus.

“Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele, em Deus.” (1 João 4.15).

Jesus é o Cristo.

“Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai.” (1 João 2.22-23).

Jesus Cristo veio em carne.

“Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo.” (1 João 4.2, 3).

Jesus Cristo é Senhor.

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2.5-11).

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Embainha a tua espada

Não gosto de fofocas, disse-me-disse, leva-e-traz. Mas, por mais que a gente não goste e nem queira saber, sempre aparece alguém que, à revelia, vem com uma nova, uma novíssima. E, mesmo não gostando desses mexericos, ao passar por um grupo de pessoas que conversava animadamente, não pude deixar de escutar o que uma delas falou. Falou, não. Berrou:

– Vocês sabiam que vários desses “apóstolos”, “bispos”, “missionários”, “pastores” que andam por aí, andam com seguranças? E seguranças armados?

Nem fiquei para ouvir o resto da estória. São intrigas, calúnias. Os bisbilhoteiros sempre vomitam coisas como essas como se fossem testemunhas dos fatos que contam. Dá pra confiar?

Vejam bem: o Senhor, nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor nosso e dos bispos, pastores, evangelistas utilizava-se de seguranças armados?

É hora de folhear a Bíblia. No Evangelho segundo Marcos, encontramos estas passagens:

“Tendo Jesus voltado no barco, para o outro lado, afluiu para ele grande multidão; e ele estava junto do mar.”

“Grande multidão o seguia, comprimindo-o.”
“Responderam-lhe seus discípulos: Vês que a multidão te aperta e dizes: Quem me tocou?” (Marcos 5.21, 24b, 31).

Se o comprimiam, o apertavam e alguém o tocou, deduz-se que o Senhor não tinha guardas que o protegessem.

E após o acontecido no Getsêmani, quando, guiados por Judas Iscariotes, “grande turba e guardas com lanternas, tochas e armas (espadas e porretes), vinda da parte dos principais sacerdotes, escribas e dos anciãos do povo” (cfe. Mateus 26.47; Marcos 14.43; João 18.3), vieram prender o Senhor Jesus, aconteceu o fato seguinte, contado pelos quatro evangelistas que transcrevo abaixo:

“Então, lhe deitaram as mãos e o prenderam. Nisto, um dos circunstantes, sacando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha.” (Marcos 14.46, 47).

O evangelista Lucas descreve o que fez o Senhor:

“Mas Jesus acudiu, dizendo: Deixai, basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou.” (Lucas 22.51).

O evangelista Mateus fala do que o Senhor poderia ter feito e não fez:

“Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos?” (Mateus 26.53).

E o evangelista e apóstolo João informa que foi o apóstolo Pedro que tentou bancar o segurança do Senhor Jesus:

“Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?” (João 18.10-11).

Não dou ouvidos a chocalhices. Se o Senhor não tinha seguranças, certamente não têm os seus servos.

“Então, Jesus lhe disse: Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada à espada perecerão.” (Mateus 26.52).

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Livres da “maldição da lei”

No Evangelho segundo Lucas, encontramos o seguinte:

O Senhor Jesus diz: “Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam.” (Lucas 6.27).

Assim, podemos observar que em relação aos inimigos de seus filhos, nosso Senhor ordena amá-los, fazer bem a eles, abençoá-los e orar por eles. E na Epístola aos Romanos, Paulo dá ênfase à benção aos adversários e admoesta:

“... abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.” (Romanos 12.13).

Porém, parecendo contradizer-se, o apóstolo, nas palavras finais da Primeira Epístola aos Coríntios, “de próprio punho”, escreve:

“A saudação, escrevo-a eu, Paulo, de próprio punho. Se alguém não ama o Senhor, seja anátema. Maranata!
A graça do Senhor Jesus seja convosco. O meu amor seja com todos vós, em Cristo Jesus.” (1 Coríntios 16.21-24).

“Se alguém não ama o Senhor, seja anátema”, isto é, seja maldito; caia sobre ele a “maldição da lei” (cfe. Gálatas 3.13, 14).

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.” (Gálatas 3.13, 14).

O próprio Senhor Jesus no Evangelho segundo João, de maneira direta, definiu o que é amá-lo:

“Se me amais, guardareis os meus mandamentos.” (João 14.15).

E o apóstolo João, em sua Primeira Epístola, nos ensina:

“Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão.”
“Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido. Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos, porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?” (1 João 4.20, 21; 5.1-5).

Notem bem: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos”. E, no capítulo 3 de sua epístola, o apóstolo nos adverte:

“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.” (1 João 3.18).

O apóstolo Paulo não se contradisse. Não há contradições na Palavra de Deus. Ele faz uma séria advertência:

“Se alguém não ama o Senhor, seja anátema. Maranata!” (1 Coríntios 16.22).

Maranata!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sobre riquezas (I)

Fala-se muito em riquezas. Quando não é riquezas é finanças ou, de modo direto, a solução dos problemas financeiros. Hoje mesmo ouvi manto financeiro e fiquei muito curioso. O que é manto financeiro? Se alguém pensa que a expressão é bíblica, engana-se redondamente. No texto sagrado encontramos manto de justiça:

“Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação e me envolveu com o manto de justiça, como noivo que se adorna de turbante, como noiva que se enfeita com as suas jóias.” (Isaías 61.10).

Não é em programas com economistas, explicando o inexplicável, que se costuma ouvir sobre esses assuntos, não. É nos programas ditos evangélicos das emissoras de televisão que operam em nosso país que o assunto em pauta corre à solta.

Por curiosidade, apenas por curiosidade, resolvi folhear minha Bíblia em busca de orientações sobre este palpitante assunto.

Inúmeras, são as passagens que a Palavra de Deus aborda o tema riquezas ou, como queiram, finanças. Por exemplo:

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” (Mateus 6.19-24).

Texto semelhante é encontrado em Lucas:

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” (Lucas 16.13).

E a seguir, lemos:

“Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isto e o ridiculizavam.” (Lucas 16.14).

Há uma citação sobre os “fariseus”. Eles, primeiramente, são chamados de avarentos.
A palavra em grego é:
(lê-se philarguroi)
O significado é avarento, aquele que pratica a avareza. É uma declinação de:
(lê-se philarguros)
Cujo significado é amor ao dinheiro, ou seja, avareza.

No Dicionário da Bíblia de Almeida, editado pela Sociedade Bíblica do Brasil, defini-se fariseu como um “membro de um dos principais grupos religiosos dos judeus. Os fariseus seguiam rigorosamente a Lei de Moisés e as tradições e os costumes dos antepassados. Acreditavam na ressurreição e na existência de seres celestiais. Os fariseus não se davam com os saduceus, mas se uniram com eles para combater Jesus e os seus seguidores.” E saduceu era um “membro de um pequeno, mas poderoso grupo religioso dos israelitas. Faziam parte desse grupo os sacerdotes e as pessoas ricas e de influência. Os saduceus baseavam os seus ensinamentos principalmente no Pentateuco. Negavam a ressurreição, o juízo final e a existência de anjos e espíritos. Os saduceus não se davam com os fariseus.”

Os fariseus e os saduceus viviam às turras; discordavam em vários pontos. Mas, tinham algo em comum: amor ao dinheiro.

Seria o manto financeiro uma capa que ambos vestiam?

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A primeira comunidade cristã

Em dois pequenos trechos nos capítulos 2 e 4 do livro de Atos dos Apóstolos, há descrições do modo como vivia a primeira comunidade cristã, ou, como se diz hoje em dia, a primeira igreja cristã. O local era Jerusalém, onde ocorreram as primeiras conversões e onde todos permaneceram:

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” (Atos 2.42-47).

E mais adiante:

“Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.” (Atos 4.32-35).

A comunidade ideal. Os cristãos de todos os tempos ficam com água na boca! Todos juntos, alegres, as necessidades supridas e muitos sinais e prodígios. Que maravilha!

No entanto, na Palavra do Senhor, no Evangelho segundo Mateus, lê-se o seguinte:

“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” (Mateus 28. 18-20).

No Evangelho segundo Marcos, lê-se:

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” (Marcos 16. 15).

No Evangelho segundo Lucas, lê-se:

“Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas. Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.” (Lucas 24. 45-49).

O que foi dito em Lucas é completado no livro de Atos dos Apóstolos:

“Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos.” (Atos 1. 6-9).

A ordem do Senhor Jesus foi clara: ir por todo o mundo.

Então, a primeira comunidade cristã, comunidade ideal, responsável pelos cristãos de todos os tempos ficarem com água na boca, por estarem todos juntos, alegres, com as necessidades supridas e muitos sinais e prodígios (Que maravilha!) estava em... desobediência! Desobediência pelo fato de todos permanecerem em Jerusalém.

O que aconteceu depois foi o seguinte:

“Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria.” (Atos 8.1b).

E a ordem do Senhor começou a ser cumprida.

E hoje: está sendo cumprida?

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Somos cabeça e não cauda

Esta é uma expressão bastante “popular”, apregoada a torto e a direito entre os cristãos como se fosse uma bênção automática. É uma promessa feita pelo Senhor Deus, encontrada no capítulo 28 do livro de Deuteronômio. Neste capítulo, juntamente com o trecho que se acha no livro de Levítico, capítulo 26, versículos de 3 a 46, é onde são descritas as bênçãos e maldições. E, por último, estas maldições são citadas na Epístola de Paulo aos Gálatas, capítulo 3, versículos 13 e 14, como “maldição da lei”:

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.” (Gálatas 3.13, 14).

O capítulo 28 de Deuteronômio começa com as bênçãos do Senhor Deus, deste modo:

“Se atentamente ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o SENHOR, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra. Se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos: ...” (Deuteronômio 28.1, 2).

E a promessa, excessivamente “popular”, está no versículo 13:

“O SENHOR te porá por cabeça e não por cauda; e só estarás em cima e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do SENHOR, teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir.” (Deuteronômio 28.13).

É necessário destacar, mais uma vez, que a “popular” bênção não é automática. Como todas as bênçãos do Senhor Deus, de Gênesis a Apocalipse, há condições a serem observadas: dar ouvidos a Sua voz e cumprir os Seus mandamentos e estatutos. Observem que a partir do versículo 15 o vento muda completamente e vêm as maldições:

“Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do SENHOR, teu Deus, não cuidando em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos que, hoje, te ordeno, então, virão todas estas maldições sobre ti e te alcançarão:...” (Deuteronômio 28.15).

E por fim, em vez de ser cabeça, cauda:

“O estrangeiro que está no meio de ti se elevará mais e mais, e tu mais e mais descerás. Ele te emprestará a ti, porém tu não lhe emprestarás a ele; ele será por cabeça, e tu serás por cauda.
Todas estas maldições virão sobre ti, e te perseguirão, e te alcançarão, até que sejas destruído, porquanto não ouviste a voz do SENHOR, teu Deus, para guardares os mandamentos e os estatutos que te ordenou.” (Deuteronômio 28.43-45).

O “estrangeiro” é que será cabeça.

Nada mais a acrescentar.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O final da história (V)

O Senhor Deus prometeu a Abraão (ou Abrão) que dele faria uma grande nação e lhe ordena que saia de sua terra e vá “para a terra que te mostrarei”. Abraão tinha setenta e cinco anos quando saiu de Harã (cfe. Gênesis 12.1-4). Sua esposa, Sara (ou Sarai), que tinha cerca de sessenta e cinco anos, era estéril, não tinha filhos (Gênesis 11.30).
Por diversas vezes o Senhor Deus fala a Abraão e lhe promete um filho. Quando Abraão já tinha noventa e nove anos, o Senhor mais uma vez aparece:

Disse também Deus a Abraão: A Sarai, tua mulher, já não lhe chamarás Sarai, porém Sara. Abençoá-la-ei e dela te darei um filho; sim, eu a abençoarei, e ela se tornará nações; reis de povos procederão dela.” (Gênesis 17.15, 16).

Abraão nada diz; apenas pensa:

Então, se prostrou Abraão, rosto em terra, e se riu, e disse consigo: A um homem de cem anos há de nascer um filho? Dará à luz Sara com seus noventa anos? (Gênesis 17.17).

E fala:

Disse Abraão a Deus: Tomara que viva Ismael diante de ti. (Gênesis 17.18).

O Senhor ouviu o pensamento de Abraão (Somente Deus pode ler o pensamento):

"Deus lhe respondeu: De fato, Sara, tua mulher, te dará um filho, e lhe chamarás Isaque; estabelecerei com ele a minha aliança, aliança perpétua para a sua descendência. (Gênesis 17.19).

E o Senhor continua:

Quanto a Ismael, eu te ouvi: abençoá-lo-ei, fá-lo-ei fecundo e o multiplicarei extraordinariamente; gerará doze príncipes, e dele farei uma grande nação. A minha aliança, porém, estabelecê-la-ei com Isaque, o qual Sara te dará à luz, neste mesmo tempo, daqui a um ano.(Gênesis 17.20, 21).

A promessa do Senhor se cumpre:

Visitou o SENHOR a Sara, como lhe dissera, e o SENHOR cumpriu o que lhe havia prometido.
Sara concebeu e deu à luz um filho a Abraão na sua velhice, no tempo determinado, de que Deus lhe falara.
Ao filho que lhe nasceu, que Sara lhe dera à luz, pôs Abraão o nome de Isaque.
Abraão circuncidou a seu filho Isaque, quando este era de oito dias, segundo Deus lhe havia ordenado.
Tinha Abraão cem anos, quando lhe nasceu Isaque, seu filho.
E disse Sara: Deus me deu motivo de riso; e todo aquele que ouvir isso vai rir-se juntamente comigo.
E acrescentou: Quem teria dito a Abraão que Sara amamentaria um filho? Pois na sua velhice lhe dei um filho.
Isaque cresceu e foi desmamado. Nesse dia em que o menino foi desmamado, deu Abraão um grande banquete.” (Gênesis 21.1-8).

Vinte e cinco anos após sair de Harã, Sara, esposa de Abraão dá a luz a Isaque.

Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas.” (Lucas 1.37).

Por diversas vezes o Senhor Deus, em Nome de Jesus, me prometeu a cura de todas as minhas enfermidades.
Não sou um doente; estou enfermo. Mas, em Nome do Senhor Jesus, ficarei completamente curado. Glória a Deus!

Este é o final da história.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cura das enfermidades (VI)

O rei Ezequias louva ao Senhor Deus:

Cântico de Ezequias, rei de Judá, depois de ter estado doente e se ter restabelecido:
Eu disse: Em pleno vigor de meus dias, hei de entrar nas portas do além; roubado estou do resto dos meus anos.
Eu disse: já não verei o SENHOR na terra dos viventes; jamais verei homem algum entre os moradores do mundo.
A minha habitação foi arrancada e removida para longe de mim, como a tenda de um pastor; tu, como tecelão, me cortarás a vida da urdidura, do dia para a noite darás cabo de mim.
Espero com paciência até à madrugada, mas ele, como leão, me quebrou todos os ossos; do dia para a noite darás cabo de mim.
Como a andorinha ou o grou, assim eu chilreava e gemia como a pomba; os meus olhos se cansavam de olhar para cima. Ó Senhor, ando oprimido, responde tu por mim.
Que direi? Como prometeu, assim me fez; passarei tranqüilamente por todos os meus anos, depois desta amargura da minha alma.
Senhor, por estas disposições tuas vivem os homens, e inteiramente delas depende o meu espírito; portanto, restaura-me a saúde e faze-me viver.
Eis que foi para minha paz que tive eu grande amargura; tu, porém, amaste a minha alma e a livraste da cova da corrupção, porque lançaste para trás de ti todos os meus pecados.
A sepultura não te pode louvar, nem a morte glorificar-te; não esperam em tua fidelidade os que descem à cova.
Os vivos, somente os vivos, esses te louvam como hoje eu o faço; o pai fará notória aos filhos a tua fidelidade.
O SENHOR veio salvar-me; pelo que, tangendo os instrumentos de cordas, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida, na Casa do SENHOR. (Isaías 38.9-20).

E o texto sagrado conclui:

Ora, Isaías dissera: Tome-se uma pasta de figos e ponha-se como emplasto sobre a úlcera; e ele recuperará a saúde. Também dissera Ezequias: Qual será o sinal de que hei de subir à Casa do SENHOR?(Isaías 38.21, 22).

Para encerrar, repito as perguntas simples: O Senhor Deus atende às orações feitas pelos próprios enfermos? Mesmo quando eles estão chorando?

[Continua nos próximos capítulos]

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Cura das enfermidades (V)

Para àqueles que afirmam, veementemente, que as orações com súplicas por cura de doenças realizadas pelo próprio enfermo não são atendidas pelo Senhor Deus, com falsos argumentos como aquele excessivamente pregado de que faltaria “fé” ao enfermo, a Palavra de Deus encerra quaisquer falácias com este texto:

Naqueles dias, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; veio ter com ele o profeta Isaías, filho de Amoz, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás.

Então, virou Ezequias o rosto para a parede e orou ao SENHOR. E disse: Lembra-te, SENHOR, peço-te, de que andei diante de ti com fidelidade, com inteireza de coração e fiz o que era reto aos teus olhos; e chorou muitíssimo.

Então, veio a palavra do SENHOR a Isaías, dizendo: Vai e dize a Ezequias: Assim diz o SENHOR, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; acrescentarei, pois, aos teus dias quinze anos. Livrar-te-ei das mãos do rei da Assíria, a ti e a esta cidade, e defenderei esta cidade. Ser-te-á isto da parte do SENHOR como sinal de que o SENHOR cumprirá esta palavra que falou: eis que farei retroceder dez graus a sombra lançada pelo sol declinante no relógio de Acaz. Assim, retrocedeu o sol os dez graus que já havia declinado. (Isaías 38.1-8).

Para encerrar, umas perguntas simples: O Senhor Deus atende às orações feitas pelos próprios enfermos? Mesmo quando eles estão chorando?

[Continua nos próximos capítulos]

domingo, 12 de dezembro de 2010

O final da história (IV)

Diversos são meus problemas de saúde; mais diversa ainda é a medicação que tomo diariamente. As despesas mensais de minha família com a saúde são altas; alcançam mais de três salários mínimos no valor atual. Aviso aos navegantes internetianos que chamo de minha família, minha esposa e eu. E a maior parte desses gastos familiares é comigo, com remédios e similares. É barra!
Mas, nem tudo são espinhos. Tem aqueles optimistas que nos “estimulam”. Quando encontramos um conhecido de longa data (pode ser um dos nossos “irmãos” Elifaz, Bildade ou Zofar, cfe. Livro de Jó), ouvimos este comentário ou semelhante:
– Você está muito bem. Que sintoma? Nem se nota...
Depois, nos vêm com um texto que contém frases ricas como estas:
– Ora, já tem cura. Eu li (em um artigo, quase sempre na internet) ou vi no noticiário da televisão (informação confiável, sem dúvidas), que as pesquisas com blablablá (leia-se terapia tal, medicamento tal, cirurgia tal) estão muito adiantadas. Por que você não experimenta? Conhece fulano? Ele está ótimo depois que blablabláou (leia-se terapia tal, medicamento tal, cirurgia tal). Antes, a situação era muito difícil. Mas, hoje em dia, com o avanço da ciência...
Pois é, não é?...
Eu e minha família chegamos à conclusão que gastamos nosso rico dinheirinho (!) com aquilo que não é pão.

“Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares.” (Isaías 55.2).

Será este texto sagrado apropriado para o nosso caso?
Quem está acompanhando esta novela desde o primeiro capítulo, talvez esteja pensando em voz alta:
– Coitados...
Apesar de autor do texto desta novela e protagonista “principal” (Como se costuma dizer nos meios de comunicação. Aviso aos navegantes internetianos que o vocábulo protagonista se refere à personagem principal...), também sou um dos poucos leitores (é verdade, mas um leitor assíduo...) que acompanha este drama pessoal e familiar, fazendo parte deste pequeno coro das pensantes vozes altas. Estou com os demais cantantes:
– Coitados...
Este, ainda, não é o final da história.

[Continua nos próximos capítulos]

sábado, 11 de dezembro de 2010

Cura das enfermidades (IV)

A todos aqueles que temem ao Senhor Deus peço que leiam:

“Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.”
“O SENHOR faz justiça e julga a todos os oprimidos.” (Salmos 103.1-6).

E a conclusão:

“Nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo. Bendizei ao SENHOR, todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as suas ordens e lhe obedeceis à palavra. Bendizei ao SENHOR, todos os seus exércitos, vós, ministros seus, que fazeis a sua vontade. Bendizei ao SENHOR, vós, todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR.” (Salmos 103.19-22).

E nós, que fazemos a Sua vontade, digamos a uma só voz:

Bendize, ó minha alma, ao SENHOR!

[Continua nos próximos capítulos]

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Parênteses sobre médicos

Gostaria de abrir um parêntese para dizer que nada tenho contra a medicina ou contra os profissionais que exercem sua atividade em meio às inúmeras e enormes dificuldades que esta carreira oferece em nosso país (se for possível se chamar de oferecimento a estas enormes dificuldades). Pelo contrário; sempre que precisei, fui em busca de ajuda médica e, com algumas exceções, sempre fui bem atendido.
Embora tenha recorrido, por várias vezes, como todo “bom cidadão” brasileiro, a automedicação por causa de sintomas que julgara ser aparentemente simples, tais como as tradicionais dores de cabeça ou de gazes etc., sou contrário a esta prática e vou em busca da ajuda médica, depois de orar ao Senhor Deus (cfe. 2 Crônicas 16.12).
Também não gosto das pesquisas feitas através da internet em sites “de saúde”, sem que se saiba muito a respeito da confiabilidade destes, e de quaisquer terapias alternativas de origem duvidosa (E estas são muitas...).
Se alguém me disser que existem muitos médicos ruins, eu concordaria sem pestanejar. Há exemplos na Palavra de Deus:

“Certa mulher que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia, e a quem ninguém tinha podido curar e que gastara com os médicos todos os seus haveres, veio por trás dele e lhe tocou na orla da veste, e logo se lhe estancou a hemorragia.
 Mas Jesus disse: Quem me tocou? Como todos negassem, Pedro com seus companheiros disse: Mestre, as multidões te apertam e te oprimem e dizes: Quem me tocou?.
Contudo, Jesus insistiu: Alguém me tocou, porque senti que de mim saiu poder.
Vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se trêmula e, prostrando-se diante dele, declarou, à vista de todo o povo, a causa por que lhe havia tocado e como imediatamente fora curada.
Então, lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz.” (Lucas 8.43-48).

Parece até que o evangelista era contra os médicos, não? Vejam só este pequeno trecho escrito pelo apóstolo Paulo na epístola aos Colossenses:

“Saúda-vos Lucas, o médico amado, e também Demas.” (Colossenses 4.14)

O evangelista Lucas era médico, um médico amado. Ele não escreveu contra os médicos, mas, contra os maus médicos que fizeram com que a mulher gastasse todos os seus haveres, fazendo-a padecer sem obterem a cura do seu mal (Comparem com a versão contada no evangelho de Marcos 5.25-34).
Certamente que a medicina tem bons e maus profissionais. E qual a atividade que não tem? Alguém pode me citar uma?!
Ainda neste parêntese quero contar um pouco sobre um médico amigo, já falecido e que deixou imensa saudade (Quase um personagem de ficção; pois foi uma dessas figuras, infelizmente cada vez mais raras de se encontrar, que era capaz de sair a qualquer hora, com sol ou chuva, de dia ou de noite, para atender a um chamado em casa do paciente...). Ele costumava dizer que, sem menosprezar as constantes pesquisas científicas, “a medicina sabia até um determinado ponto; a partir dali, o enorme terreno pela frente é completamente desconhecido. Um terreno minado!”.
Certo dia, numa conversa comigo, com bom humor de sempre, assim respondeu quando lhe perguntei sobre a diferença entre alopatia e homeopatia:
– A primeira mata; a segunda deixa morrer...
Ele foi médico de minha família por muitos anos. Somente deixou de trabalhar por causa de problemas com sua saúde. Foi ele uma bênção (cfe. Gênesis 12.2). Longevo, faleceu com quase cem anos.
Fecha parêntese.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Cura das enfermidades (III)

“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.  Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53.4, 5)

Este, certamente, é o texto mais famoso sobre a cura das enfermidades e das transgressões do Antigo Testamento. Fala-nos das ações de um personagem “misterioso”, descritas no texto que começa no versículo 13 do capítulo 12 e termina no final do capítulo 53 do livro do profeta Isaías.
O que chama a atenção do mais distraído dos leitores é que todos os fatos se reportam ao passado. Observem como os verbos são conjugados: tomou, levou, reputávamos, ferido, traspassado, moído, estava, sarados. Todas as ações não irão acontecer. Elas já aconteceram. É o que diz, certamente, o texto. Realização feita por ele, ou seja, o personagem misterioso chamado de Meu Servo em Isaías 52.13.
Quem é este Meu Servo? Seria o profeta Isaías ou um servo seu? Certamente que não, pois o texto se refere a ele. Sim, Ele.
Observem só este outro trecho. Está no Novo Testamento:

“Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças.” (Mateus 8.16, 17).

Aproveitem o embalo e leiam também o que está escrito em no livro de Atos, capítulo 8, versículos de 26 a 39:

Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi.
Eis que um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todo o seu tesouro, que viera adorar em Jerusalém, estava de volta e, assentado no seu carro, vinha lendo o profeta Isaías.
Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o.
Correndo Filipe, ouviu-o ler o profeta Isaías e perguntou: Compreendes o que vens lendo?
Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me explicar? E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele.
Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: Foi levado como ovelha ao matadouro; e, como um cordeiro mudo perante o seu tosquiador, assim ele não abriu a boca. Na sua humilhação, lhe negaram justiça; quem lhe poderá descrever a geração? Porque da terra a sua vida é tirada.
Então, o eunuco disse a Filipe: Peço-te que me expliques a quem se refere o profeta. Fala de si mesmo ou de algum outro?
Então, Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus.
Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que seja eu batizado?
Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.
Então, mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco.
Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, não o vendo mais o eunuco; e este foi seguindo o seu caminho, cheio de júbilo.”

[Continua nos próximos capítulos]

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O final da história (III)

Setembro de 2006, manhã de sol num sábado, minha esposa saíra para fazer umas comprinhas e eu mexia e remexia em arquivos no computador quando a dor no peito, que sentia desde cedo, aumentou muito, apesar do remédio contra gazes que tomara antes, num autodiagnóstico obviamente errado. Junto com esta dor, observei outros sintomas presentes (Não vou descrevê-los aqui para não motivar os hipocondríacos crônicos...).
Fiz outro autodiagnóstico e, em primeiro lugar, clamei por socorro ao Senhor Deus, enquanto desligava o computador. A seguir, me dirigi ao banheiro para aliviar o ventre (como o rei Saul – cfe. 1 Samuel 24.3 – e todos nós...) e tomar banho. Tomei uma aspirina, me vesti, e liguei para o celular de minha esposa, pedindo-lhe que viesse para casa. Depois, telefonei para um hospital solicitando atendimento de emergência. Novamente avisei minha esposa o que fizera e fiquei aguardando a chegada do socorro médico.
Tudo isso se deu comigo em permanente oração.
Pelo interfone, falei com o porteiro para deixar o pessoal subir assim que chegasse, sem me avisar. Foi em vão, pois, apesar do meu pedido, o interfone tocou. E o porteiro:
– Doutor, tem um médico aqui. Pode subir?
– Pode, seu Fulano...
Abri a porta do apartamento e nós dois – a tal dor e o degas aqui – permanecemos ali, juntinhos, esperando a chegada da equipe médica.
Ao sair do elevador, eles me viram e foram logo perguntando:
– Onde está o paciente?
– Aqui, doutor. Sou eu. Deixe-me assumir meu papel.
A equipe me olhou espantada, enquanto eu me deitava no sofá. O eletrocardiograma acusou enfarte e, com isto, foram tomadas as providências médicas cabíveis, como é de praxe nesses casos. Neste ínterim, minha esposa chegou e assumiu a parte burocrática.
Fui colocado numa maca e, rapidamente, posto na ambulância. E esta, também rapidamente, partiu “aos berros”, correndo como se disputasse a “pole position” no circuito de Indianápolis. Não tive dúvidas, pedi ao médico para que nossa condução fosse mais devagar:
– Assim vou ter um enfarte, doutor – disse.
O médico apesar de ter um olhar assustado desde o momento de nosso primeiro encontro, sem esboçar ao menos o mais leve sorriso, atendeu prontamente ao meu pedido.
Esse olhar do doutor me causava certo terror. E eu pensava:
– A coisa vai mal pro meu lado...
No hospital o “certo terror” desapareceu. Os médicos fizeram um novo eletrocardiograma e constataram que o enfarte tinha cessado. Glória a Deus!
O único porém foi que o hospital não era coberto pelo nosso plano de saúde. Porém, outra vez, depois de uma verdadeira batalha de um dia travada por minha esposa, com a solução trazida por uma jovem serva do Senhor, fui transferido para outro hospital; este, do nosso plano de saúde. Glória a Deus!
E foi-se o primeiro dia desta jornada. As vinte e quatro e tantas horas de burocracia fizeram com que morrêssemos numa graninha preta...
Fiquei internado por 12 dias; os médicos fizeram um cateterismo e, a seguir, uma angioplastia, quando colocaram dois stents numa de minhas artérias. Se os leitores não se incomodarem, não farei um relato deste momento, novamente por causa dos nossos queridos hipocondríacos crônicos...
Dito isto, concluo que este, também, não é o final da história.

... invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás. (Salmos 50.15).

[Continua nos próximos capítulos]

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Cura das enfermidades (II)

“Servireis ao SENHOR, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e tirará do vosso meio as enfermidades.” (Êxodo 23.25).

Esta é a segunda passagem encontrada na Bíblia que aborda o tema da cura das enfermidades, juntamente com uma benção sobre o pão e a água. Para isto há, apenas, uma condição que o Senhor Deus impõe: a de servir a Ele.

[Continua nos próximos capítulos]

sábado, 4 de dezembro de 2010

O final da história (II)

Desde 1987, acho eu, tenho sofrido de tonteiras. A primeira vez que este sintoma apareceu foi quando fazia ginástica em casa. Tudo aconteceu de modo rápido e rasteiro, e logo passou. Na hora, não dei muita importância. Mas, com o passar do tempo, o evento se tornou mais freqüente.
Estas tonteiras não são aquelas de um bêbedo, onde tudo fica rodando. Não, não são. É uma “coisa” que me provoca uma instabilidade tal, a ponto de dar a sensação de estar a bordo de um navio em movimento.
Por causa dessas constantes “viagens náuticas”, procurei auxílio médico e fui a diversos especialistas, vários em cada modalidade, em busca da cura.
Não sei exatamente qual foi o exato número de vezes. Sei, porém, que estive a peregrinar por consultórios de: clínicos, neurologistas, pneumologistas, ortopedistas, cardiologistas, oftalmologistas, endocrinologistas, psiquiatras, psicanalistas...
Cada um deles, depois de pedirem exames diversos, analisarem os resultados, onde constatavam que “tudo estava bem comigo”, ou seja, depois de não chegarem a um diagnóstico, concluíam, quase sempre, formulando a mesma pergunta:
– Já foi a um otorrinolaringologista?
– Fui.
Mas, não era sempre assim. Havia exceções: Os otorrinolaringologistas! Esses, diferentemente dos demais médicos, sempre sugeriam especialistas diferentes para o meu caso. Quais? Todos os outros anteriormente citados e não citados...
– Sugiro que procure um...
– Já procurei. Foi ele que me sugeriu sua especialidade.
Já faz algum tempo que não procuro um especialista para me “queixar”. Mas, digo que passei mais de vinte anos em peregrinação por consultórios.
Enquanto isso, minha “viagem náutica” continua... E nada deste navio aportar!
Mas este, também, não é o final da história.

Há três coisas que são maravilhosas demais para mim, sim, há quatro que não entendo: o caminho da águia no céu, o caminho da cobra na penha, o caminho do navio no meio do mar e o caminho do homem com uma donzela.(Provérbios 30.18, 19).

Pois eu sou o SENHOR, teu Deus, que agito o mar, de modo que bramem as suas ondas—o SENHOR dos Exércitos é o meu nome.(Isaías 51.15).

Cantai ao SENHOR um cântico novo e o seu louvor até às extremidades da terra, vós, os que navegais pelo mar e tudo quanto há nele, vós, terras do mar e seus moradores.(Isaías 42.10).

[Continua nos próximos capítulos]

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Cura das enfermidades (I)

... e [o Senhor] disse: Se ouvires atento a voz do SENHOR, teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos seus olhos, e deres ouvido aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois eu sou o SENHOR, que te sara.” (Êxodo 15.26).

Esta é a primeira passagem que é encontrada na Bíblia que aborda o tema da cura das enfermidades. Há condições que o Senhor Deus impõe. Porém, observa-se claramente a promessa de que nenhuma enfermidade que Ele enviou sobre os egípcios virá sobre aquele que O obedece.
O porquê dos egípcios receberem tais desgraças é descrito nos primeiros capítulos do livro de Êxodo. Resta, apenas, saber quais foram essas enfermidades.
Nada mais tenho a acrescentar.

[Continua nos próximos capítulos]

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O final da história (I)

No último ano do século XX, em meados de 2000, depois de ter sido acometido por uma vertigem súbita e começar a tomar um determinado medicamento por orientação médica num atendimento de emergência, entrei numa depressão profunda, algo que conhecia apenas por ouvir falar; nunca antes sentira.
Em conseqüência, fui, aos poucos, interrompendo todas as minhas atividades. Não conseguia escrever, ler qualquer texto, por mais simples que fosse.
Mal falava e, quando falava, era quase monossilábico.
Meu rosto praticamente não tinha expressão e minha mão direita apresentava um tremor e, ainda por cima, passava a maior parte do dia deitado.
Minha esposa, preocupada, queria que procurasse auxílio médico. Mas, eu me recusava. Achava que esta “depressão” ocorria por causa dos meus problemas profissionais, das enormes dificuldades que atravessava neste período.
Tanto ela insistiu que aceitei. Fomos a uma famosa clínica especializada em neurologia. Durante a consulta, a médica me submeteu a um “exame” que consistia em ir diversas vezes até o fim de um corredor e voltar. Por fim, concluiu para minha esposa, num “diagnóstico” à parte:
– É frescura.
E, depois, disse para mim que deveria continuar tomando a medicação prescrita pelo seu colega e que procurasse me distrair um pouco.
E meu quadro piorou.
Minha esposa, apesar de estar cheia de dúvidas por causa das palavras da neurologista (Estaria eu fingindo ou a médica errara?), voltou a insistir para que eu procurasse outro médico.
Nesta época, minha mãe ficou gravemente doente. Foi diagnosticado um câncer no intestino e ela precisava ser operada imediatamente. Seu médico não dava muita esperança. E minha esposa, aproveitando a situação, me fez dar minha palavra a minha mãe que eu procuraria ajuda médica.
Graças ao Senhor Deus, a operação de minha mãe foi muito bem sucedida e ela não precisou fazer nenhum tratamento adicional.
E, cumprindo a palavra dada (Conforme as ordens mais que claras que estão em Mateus 5.37: “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.”; e em Tiago 5:12: “Acima de tudo, porém, meus irmãos, não jureis nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outro voto; antes, seja o vosso sim sim, e o vosso não não, para não cairdes em juízo.”), fui a outro médico, também um neurologista. Este, agora, por indicação de minha cunhada.
Na primeira consulta, ao observar meu quadro, ele mandou que parasse imediatamente com a medicação que estava tomando, por ser completamente inadequada, prescrevendo um antidepressivo e pedindo que retornasse para uma nova consulta no prazo de um mês.
Obviamente, o médico queria ver se os sintomas permaneceriam com a medicação que indicou. Após o prazo determinado, retornei ao consultório. Ao me examinar, ele viu que meu quadro permanecia quase inalterado e fez o diagnóstico. Pediu diversos exames, manteve o antidepressivo por um tempo e passou uma nova receita que incluía uma série de remédios.
Com os novos remédios, embora os sintomas tivessem reduzido de intensidade, um deles logo desapareceu: a depressão. E, em pouco tempo, gradativamente, comecei, em 2001, no primeiro ano do século XXI, a retornar às minhas atividades. Voltei a ler, a escrever e a falar (Pelos cotovelos, como sempre...).
A frescura que estava em mim tinha um nome: mal de Parkinson.
Este, porém, não é o final da história.

[Continua nos próximos capítulos]

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Cristão vota em cristão... (Final)

Meus amigos, algumas pessoas, mui queridas minhas, acharam que esta minha série de textos sobre as recentes eleições deveria ter uma conclusão, baseada no fato de que no último texto publicado, por duas vezes, havia a pergunta: “Este tipo pedido tem fundamento bíblico?!”.
Gostaria de esclarecer a todos que a questão foi colocada “ao léu” (à vontade; à toa). Não era para que fosse dada uma “solução”, mesmo uma “solução” meramente pessoal. A resposta, a verdadeira resposta será encontrada, única e exclusivamente, na Bíblia, onde está a Palavra viva do Deus vivo.
A propósito desta “pergunta ao léu”, minha mãe lembrou-se de uma passagem que pode ser encontrada em três dos evangelhos. As versões estão transcritas abaixo.

“Tendo Jesus chegado ao templo, estando já ensinando, acercaram-se dele os principais sacerdotes e os anciãos do povo, perguntando: Com que autoridade fazes estas coisas? E quem te deu essa autoridade?
E Jesus lhes respondeu: Eu também vos farei uma pergunta; se me responderdes, também eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. Donde era o batismo de João, do céu ou dos homens?
E discorriam entre si: Se dissermos: do céu, ele nos dirá: Então, por que não acreditastes nele? E, se dissermos: dos homens, é para temer o povo, porque todos consideram João como profeta. Então, responderam a Jesus: Não sabemos. E ele, por sua vez: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.” (Mateus 21.23-27)

“Então, regressaram para Jerusalém. E, andando ele pelo templo, vieram ao seu encontro os principais sacerdotes, os escribas e os anciãos e lhe perguntaram: Com que autoridade fazes estas coisas? Ou quem te deu tal autoridade para as fazeres?
Jesus lhes respondeu: Eu vos farei uma pergunta; respondei-me, e eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. O batismo de João era do céu ou dos homens? Respondei!
E eles discorriam entre si: Se dissermos: Do céu, dirá: Então, por que não acreditastes nele? Se, porém, dissermos: dos homens, é de temer o povo. Porque todos consideravam a João como profeta. Então, responderam a Jesus: Não sabemos. E Jesus, por sua vez, lhes disse: Nem eu tampouco vos digo com que autoridade faço estas coisas.” (Marcos 11.27-33)

“Aconteceu que, num daqueles dias, estando Jesus a ensinar o povo no templo e a evangelizar, sobrevieram os principais sacerdotes e os escribas, juntamente com os anciãos, e o argüiram nestes termos: Dize-nos: com que autoridade fazes estas coisas? Ou quem te deu esta autoridade?
Respondeu-lhes: Também eu vos farei uma pergunta; dizei-me: o batismo de João era dos céus ou dos homens?
Então, eles arrazoavam entre si: Se dissermos: do céu, ele dirá: Por que não acreditastes nele? Mas, se dissermos: dos homens, o povo todo nos apedrejará; porque está convicto de ser João um profeta. Por fim, responderam que não sabiam.
Então, Jesus lhes replicou: Pois nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.” (Lucas 21.1-8)

O essas passagens têm a ver com o que foi escrito acima? Esta é outra “pergunta ao léu”...
No mais, oremos pelas autoridades de nosso país, “... para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito.” (1 Timóteo 2.2b).

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Cristão vota em cristão... (II)

Em algumas nações, o voto é facultativo; em outras é obrigatório. É o que acontece no Brasil. A partir dos dezesseis anos, o jovem pode tirar seu título eleitoral e, como todos aqueles que passaram dos setenta anos, o voto lhes é facultativo. No entanto, todos os demais cidadãos, dos dezoito aos setenta anos são obrigados a votar; o voto lhes é obrigatório. Pessoalmente, sou a favor do voto facultativo. Esta é a minha opinião, apenas uma opinião. E muitos também pensam como eu. Mas, lei é lei, e tem de ser obedecida.
O cidadão é obrigado a votar, mas não é obrigado a votar em tal ou qual candidato. O cidadão é livre para votar em quem quiser votar. Pode, igualmente, anular seu voto ou votar em branco. É livre para escolher candidatos, partidos ou se abster da escolha.
A lei eleitoral vê o cidadão como um eleitor. Não importam as suas características individuais, suas crenças, os cidadãos são os eleitores e devem cumprir seu dever: votar, votar livremente.
Cristão vota em cristão? Se cristão vota em cristão, é necessário lembrar que os “candidatos cristãos” devem pertencer a partidos políticos quaisquer. E alguém conhece um partido político cristão? É possível um partido político ser cristão? Há precedente bíblico?...
Quando os pregadores cristãos pediam o voto de cristãos para esse ou aquele candidato aos altos cargos, ao mesmo tempo em que pediam votos para “meu irmão”, “minha esposa”, “meu marido”, “meu filho”, “este membro da minha comunidade”, eles queriam mesmo o quê? E por quê? Os cristãos poderiam confiar que este tipo de pedido tem fundamento bíblico?
Este tipo pedido tem fundamento bíblico?!
E quanto aos alimentos e objetos cristãos que citei no “capítulo” anterior, claro que isso foi, apenas, uma mera brincadeira. Pois todo cristão sabe que qualquer mercadoria adquirida deve ser recebida com oração:

“... pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado.” (1 Timóteo 4.4, 5).

No mais, quanto a nós, que nos submetemos ao Rei dos Reis, independentemente daquele em quem votamos nos primeiro e segundo turnos (Ou mesmo se votamos em alguém, anulamos ou nos abstivemos), conforme nos foi ordenado em Sua Palavra (1 Timóteo 2.1, 2; 1 Pedro 2.13-17), com sujeição, súplicas, orações, intercessões e ações de graças, honremos a Rainha e honremos as demais autoridades: os eleitos, os que estão em final de mandato ou estão em exercício no país: presidente da República, governadores, prefeitos e todos os seus assessores, “... para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito.” (1 Timóteo 2.2b).

sábado, 13 de novembro de 2010

E o fim

(Última letra do alfabeto grego, em caixa alta e caixa baixa)
E o autor deste blog crê e confessa que Jesus Cristo é Senhor!

(Interlinear Greek New Testament)
“A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém!.” (Apocalipse, cap. 22, vers. 21; in A Bíblia Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida no Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil. 2ª ed. São Paulo, 1993)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O princípio

(Primeira letra do alfabeto hebraico)
O autor deste blog crê que a Bíblia é a Palavra de Deus.

(BHM – Morphological Hebrew Text; BHS – Hebrew Text)
“No princípio, criou Deus os céus e a terra.” (Gênesis, cap. 1, vers. 1; in A Bíblia Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil. 2ª ed. São Paulo, 1993)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Cristão vota em cristão... (I)

Durante a campanha eleitoral, pudemos assistir a diversos pregadores cristãos que se utilizam dos meios de comunicação eletrônicos, rádio e televisão, tomarem uma posição política em relação a este ou aquele candidato que disputava um dos cargos superiores da sociedade; governador de um estado ou a presidência da República. Quando isso não ocorria abertamente durante o horário político obrigatório, acontecia veladamente nos programas desses pregadores.
Os argumentos apresentados por eles eram de que um cristão é um “cidadão” sujeito às leis da nação, com deveres e direitos, e que por isso deve participar ativamente, como qualquer cidadão, dos destinos do país, e o “tenebroso” PNDH-3, apresentado como um perigo assustador, uma ameaça irreparável à fé cristã. Este último argumento deve ser tratado à parte.
Então, como vimos antes, todos os cristãos tiveram a oportunidade de ver, ou ouvir, os pregadores cristãos nos horários políticos obrigatórios, pedindo o “nosso voto” para esse ou aquele candidato aos altos cargos, juntamente com os pedidos dos tipos: “Para o cargo tal (deputado estadual, federal ou senador) peço seu voto para meu irmão”; ou “para a minha esposa”; ou “para o meu marido”; ou “para o meu filho”; ou “para este membro da minha comunidade”, porque “nele(a) você pode confiar” e “cristão vota em cristão” (Claro que afirmo isso para aqueles que viram ou ouviram as propagandas, sem desligar os receptores...).
Deste modo, é de se esperar que os cristãos tenham aproveitado esta “oportunidade” para escolher seu candidato e aprender esta máxima: cristão vota em cristão...
Isto é verdade? Cristão vota, ou melhor, tem de votar em cristão?
Vejamos. No dia da votação, o cristão saiu de casa para cumprir seu dever de cidadão, depois de dormir sobre uma cama cristã, com roupas de cama e lençóis cristãos; depois de ter tomado seu café da manhã com alimentos cristãos; depois de ter tomado um banho cristão, com água e sabonete cristãos, utilizando uma toalha cristã para se secar; e, enxuto, depois de ter vestido roupa e calçados cristãos, sendo que todo esse material cristão foi adquirido em lojas e mercados cristãos, produzido por empresas cristãs e os alimentos foram plantados em terras cristãs. E as lojas, empresas e terras são de propriedade de cristãos, com trabalhadores cristãos.
E o cristão chegou a sua seção cristã de votação, onde os mesários, todos cristãos, lhe indicaram a cabine cristã onde se localizava a urna eletrônica cristã. Ele entrou na cabine, feliz, para poder votar nos seus candidatos cristãos, exercendo, deste modo, seu direito de cidadão. Mas, o cristão teve uma surpresa. A urna eletrônica estava contaminada. Nomes de candidatos “não cristãos” apareceram na tela:
– Oh! Que decepção...
Porém, o cristão é valente. Ele vota, confirma seu voto e sai da seção eleitoral, não cristã, conforme se pode “observar”. Mas, o enorme susto não abalou sua fé. Ele retomará suas atividades; todas cristãs, pelo menos, assim se espera...
Amigos: para se ver – ou ler – bobagens maiores do que essas que foram escritas acima, somente tiveram oportunidade aqueles que assistiram todos os dias e horas aos horários políticos eleitorais...

[Continua no próximo capítulo]

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Le Roi n’est pas mort, vive la Reine!

Estamos vivendo como “servos de Deus”, cumprindo Sua vontade, sujeitando-nos a toda instituição humana por causa do Senhor. Na prática do bem, como livres que somos, sem usar esta nossa liberdade por pretexto de malícia e fazendo com isso emudecer a ignorância dos insensatos, nós tratamos todos com honra, amamos os irmãos, tememos a Deus e honramos o rei (cfe. 1 Pedro 2.13-17).

Não somos insensatos; usamos a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos, e de todos os que se acham investidos de autoridade (os integrantes atuais dos governos municipal, estadual e federal e os novos representantes eleitos no sufrágio de outubro deste ano, além de qualquer pessoa que se acha investida de autoridade. Assunto a ser explanado proximamente, se o Senhor Deus quiser).

Portanto, é chegada a hora daqueles que são “servos de Deus”, pararem de dizer coisas como “não foi este (ou esta) que eu votei”, “estou muito decepcionado” e similares. A ordem do Rei dos reis, através do apóstolo Paulo, é clara: “súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade.”

[Os textos dos apóstolos foram escritos na época dos césares. Para se ter uma idéia deste tempo, leia “A Vida dos Doze Césares” (“De vita Caesarum”), de Suetônio. Tem edição em português; boa e barata...]

E o texto sagrado conclui: “para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito.” (1 Timóteo 2.1, 2).

Os franceses criaram “Le Roi est mort, vive Le Roi! (O Rei está morto, viva o Rei!)”; nós o adaptamos “Le Roi n’est pas mort, vive la Reine! (O Rei não está morto, viva a Rainha!)”, porque está escrito:

“Ora, Deus não é Deus de mortos, e sim de vivos; porque para ele todos vivem.” (Lucas 20.38).

Com sujeição, súplicas, orações, intercessões e ações de graças, honremos a Rainha.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Le Roi est mort, vive le Roi!

Há alguns dias atrás, assisti pela televisão, um jornalista, com bom humor, definir o Brasil como sendo uma república monarquista.

Nada mais verdadeiro.

Depois de 15 de novembro de 1889, quando o Marechal Deodoro da Fonseca, grande amigo de D. Pedro II, montado em seu cavalo, proclamou a República, com o grito “Viva o imperador!” (Abafado pelos gritos de “Viva a República!”, puxados pelos republicanos liderados por Quintino Bocaiúva, segundo informa o historiador Hélio Silva), o país têm atravessado diversos períodos monárquicos.

Temos o rei do futebol; o rei, a rainha e as princesas das festas populares; o rei da voz, da canção, a rainha da beleza, do lar etc., etc. e tal. E, quanto aos governos municipal, estadual e federal, temos uma nobreza que se esconde sob títulos de “prefeitos, governadores e presidentes”, mas que são, na verdade, “barões, condes etc. e reis” eleitos, como todos os monarcas brasileiros pós 1889, por qualquer tipo de sufrágio: direto ou indireto, ou seja, popular ou através de um júri, como nos concursos de beleza.

Nossas monarquias são leves, “softs”, porque em nossa terra não é necessário que os governantes anteriores morram para serem substituídos. Os novos monarcas são eleitos, reeleitos, quase indefinidamente. Alguns têm reinados perpétuos; uma vez no trono, para sempre soberanos: o Rei Pelé, a Rainha Marta Rocha e outros poucos.

Hoje, 1º de novembro de 2010, temos mais um “rei”, ou melhor, uma “rainha” eleita na presidência da República. Seu “reinado” é de quatro anos, que pode ser ampliado por mais quatro anos, segundo as leis nacionais. O “rei” atual passará o “cetro, coroa” e faixa presidencial, em 1º de janeiro à nova monarca (a primeira na presidência da nossa “república monárquica”).

Quanto a nós, que nos submetemos ao Rei dos Reis, independentemente daquele em quem votamos nos primeiro e segundo turnos (Ou mesmo se votamos em alguém, anulamos ou nos abstemos), temos as seguintes ordenanças:

“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito.” (1 Timóteo 2.1, 2)

“Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja ao rei, como soberano, quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores como para louvor dos que praticam o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos; como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus. Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei.” (1 Pedro 2.13-17)

Os franceses criaram e divulgaram o texto: “Le Roi est mort, vive Le Roi! (O Rei está morto, viva o Rei!)”; nós o adaptamos: “Le Roi n’est pas mort, vive la Reine! (O Rei não está morto, viva a Rainha!)”.
Com sujeição, súplicas, orações, intercessões e ações de graças, honremos a Rainha.