quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Cura das enfermidades (III)

“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.  Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53.4, 5)

Este, certamente, é o texto mais famoso sobre a cura das enfermidades e das transgressões do Antigo Testamento. Fala-nos das ações de um personagem “misterioso”, descritas no texto que começa no versículo 13 do capítulo 12 e termina no final do capítulo 53 do livro do profeta Isaías.
O que chama a atenção do mais distraído dos leitores é que todos os fatos se reportam ao passado. Observem como os verbos são conjugados: tomou, levou, reputávamos, ferido, traspassado, moído, estava, sarados. Todas as ações não irão acontecer. Elas já aconteceram. É o que diz, certamente, o texto. Realização feita por ele, ou seja, o personagem misterioso chamado de Meu Servo em Isaías 52.13.
Quem é este Meu Servo? Seria o profeta Isaías ou um servo seu? Certamente que não, pois o texto se refere a ele. Sim, Ele.
Observem só este outro trecho. Está no Novo Testamento:

“Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças.” (Mateus 8.16, 17).

Aproveitem o embalo e leiam também o que está escrito em no livro de Atos, capítulo 8, versículos de 26 a 39:

Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi.
Eis que um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todo o seu tesouro, que viera adorar em Jerusalém, estava de volta e, assentado no seu carro, vinha lendo o profeta Isaías.
Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o.
Correndo Filipe, ouviu-o ler o profeta Isaías e perguntou: Compreendes o que vens lendo?
Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me explicar? E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele.
Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: Foi levado como ovelha ao matadouro; e, como um cordeiro mudo perante o seu tosquiador, assim ele não abriu a boca. Na sua humilhação, lhe negaram justiça; quem lhe poderá descrever a geração? Porque da terra a sua vida é tirada.
Então, o eunuco disse a Filipe: Peço-te que me expliques a quem se refere o profeta. Fala de si mesmo ou de algum outro?
Então, Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus.
Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que seja eu batizado?
Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.
Então, mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco.
Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, não o vendo mais o eunuco; e este foi seguindo o seu caminho, cheio de júbilo.”

[Continua nos próximos capítulos]